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Eduardo Cunha ignora relatório e Marcelo Castro reage: ''Uma decisão autoritária''

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), resolveu ignorar o relatório da comissão especial da reforma política e colocará o projeto em votação nesta terça-feira (26). A decisão provocou a ira do deputado federal , Marcelo Castro (PMDB), que era relator da comissão.

Por entrar em conflito com pontos de vista defendidos pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a comissão encerrou seus trabalhos nesta segunda-feira (25) sem votar um relatório.

Com isso, Cunha levará a reforma diretamente ao plenário.

Marcelo Castro, que havia sido alçado à função de relator por Cunha, disse que o gesto do colega foi "autoritário e desrespeitoso" e que um trabalho de meses será substituído por um texto feito em cinco minutos. Ele será substituído por Rodrigo Maia (DEM-RJ), que presidiu a comissão.

"É uma decisão esdrúxula, inusitada, que nunca aconteceu na Casa, de uma comissão ser impedida de votar seu relatório que está pronto para votar há mais de 20 dias, para atender uma determinação do presidente da Casa, Eduardo Cunha. É uma coisa desrespeitosa, uma desconsideração com um trabalho que foi feito por 68 membros da comissão e que fizeram um trabalho coerente e exaustivo. Esse relatório, por não agradar o interesse de A, B ou C, foi impedido de ser votado", afirmou Castro.

Ao chegar à Câmara no início da noite desta segunda, pouco antes de começar a reunião dos líderes, Cunha voltou a criticar o relatório de Castro.

"A comissão tem uma representatividade que não expressa a proporcionalidade do plenário. Segundo ponto é que o relatório feito em dissonância com aquilo que se acordou a votar, dificulta regimentalmente você cumprir o acordado com os líderes", afirmou.

Comissão esfaqueada

O líder do Psol, Chico Alencar (Psol), que participa da comissão da reforma política, afirmou por meio de nota que a decisão de votar o relatório diretamente no plenário é uma "ofensa ao rito parlamentar". A nota diz ainda que a comissão foi "esfaqueada".

Fonte: Cidade Verde