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Juíza decide que acusado de jogar ácido na ex irá a júri popular em SC

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Acusado de queimar a ex-companheira com ácido e óleo fervente no dia 28 de janeiro deste ano, Lauri Amado de Souza Nery deve ir a júri popular em Joinville, no Norte catarinense. A vítima, Maria de Fátima Cecílio, que teve 40% do corpo queimado, segue internada sem previsão de alta.
Em audiência na manhã desta segunda-feira (18), a juíza Karen Schubert, da 1ª Vara Criminal, decidiu pronunciar Nery - com isso ele passa de acusado a réu no processo. Ainda não foi estabelecida data para o julgamento. O réu, que está preso desde fevereiro no Presídio de Joinville, ainda pode recorrer da decisão.

O crime aconteceu um mês depois de Maria terminar o relacionamento com Lauri Amado de Souza Nery, no dia 28 de janeiro. Maria e a filha Camila estavam dormindo quando a casa teria sido invadida pelo homem.

"Ela berrava muito alto e eu saí correndo para ver o que era. Quando eu cheguei, ela estava com a mão no rosto, pedindo socorro", contou a jovem na época.
Ex-companheiro foi preso

Nery foi preso preventivamente cinco dias depois por tentativa de homicídio, ameaça e lesão corporal. À polícia, ele alegou que ferveu o óleo para fritar uma massa e que o líquido acabou caindo na ex-companheira acidentalmente.

“Ele disse que jogaria esse material em cima dos cães da casa porque estava com raiva da companheira”, disse a delegada responsável pelo caso, Tânia Harada.

A perícia comprovou que, além de óleo, um ácido foi jogado sobre Maria de Fátima. “Ele entrou na casa já munido desse ácido, e realmente aqueceu a panela lá. Estava determinado a cometer um homicídio”, diz a delegada.

Filha socorreu a mãe

Foi Camila quem socorreu a mãe, e até hoje carrega as marcas de queimadura. Antes uma mulher vaidosa, Maria de Fátima sequer pode mostrar o rosto hoje.

“O olho esquerdo ela perdeu totalmente. Vamos colocar uma prótese mais adiante. No olho direito ela vai ter que fazer transplante de córnea”, conta a filha.

Os enxertos de pele não têm dado certo. Os rins de Maria pararam e ela precisou fazer hemodiálise. Também teve anemia – só se alimenta por sonda – e uma infecção. “É difícil, dá um aperto no coração porque a gente vê ela na cama e não tem o que fazer”, diz Camila.

G1