PUBLICIDADE
 
     

"Meu trabalho é matar. Tou me graduando", diz menor que matou vigia em Campo Maior

Imagem

A morte do trabalhador Antonio José da Silva, de 62 anos de idade, que fazia a segurança numa padaria em Campo Maior pode ser apenas mais um nas estatísticas da violência urbana no Brasil. O homem faleceu nas primeiras horas de domingo, dia 08, depois de lutar pela vida no Hospital de Urgência de Teresina, com uma bala alojada na cabeça. Ele foi baleado na quinta-feira pelo menor de iniciai. A. L. S, de 16 anos, que foi preso no carnaval e já estava solto.

A frieza do criminoso demonstra mais uma vez a certeza da impunidade. Durante depoimento ao delegado do caso, Gustavo Jung, quando a vitima ainda não tinha falecido, o menor disse que vai sair da cadeia e vai sair matando. “Meu trabalho é matar. Tou me graduando”, disse o menor na frente do delegado.


Ele o seu comparsa, Gabriel Ferreira Magalhães, vulgo Mineirinho, foram presos horas depois de atirar no vigia. Durante a noite de sexta-feira os dois fugindo do DP, mas após uma operação das polícias civil e militar de Campo Maior, os dois foram localizados e presos novamente. Eles já haviam tomado uma moto de assalto e levado o celular de uma jovem.



PENITENCIÁRIA DE CAMPO MAIOR FICOU SÓ NA PROMESSA
O caso dos dois criminosos chamou a atenção dos campomaiorenses pela gravidade do crime e pela total falta de estrutura do sistema carcerário do Piauí. Em menos de 24 horas depois de presos os dois fugiram pelo teto da delegacia, que é de gesso e madeira.

O Chefe de Cartório Baker Martins diz que a delegacia é para registro de ocorrências, abrir inquérito e concentrar as investigações, mas acaba custodiando presos, o que é até irregular.

Neste domingo o Portal O Dia trouxe matéria com o presidente da Ordem dos Advogados Brasil, seccional Piauí (OAB-PI), Wilian Guimarães. O advogado fez severas criticas ao sistema prisional piauiense e esclareceu que o Piauí precisa urgentemente de 400 novas vagas nos presídios.

A cidade de Campo Maior teve a promessa de uma casa de custodia, que acabaria com presos nas delegacias da região, mas ficou mesmo só na promessa. Conforme já mostrou várias vezes, a casa de custodia de Campo Maior foi apenas um sumidouro de recursos e hoje se encontra um esqueleto te concretos e ferros retorcidos.

Assim que assumiu o governo, em janeiro deste ano, Wellington Dias culpou seus antecessores pela onda de violência no estado e prometeu medidas urgentes. Dias depois o seguranças a de seu filho seria assassinado. Mesmo assim até agora a segurança do estado do Piauí ainda não passou por nenhuma mudança significativa, além dos comandos que foram trocados por conveniências políticas.

A justiça também precisa passar por mudanças. Os criminosos que mataram o segurança da padaria foram soltos depois do carnaval (estavam presos acusados de roubar uma moto em José de Freitas) a mando do judiciário.

ATÉ QUANDO?

Fonte: Site Campo Maior Em Foco