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Com falta de chuva e irrigação artificial, agricultores de Piripiri aguam covas usando baldes

Presidenta do STTR, Eunice Barros, esteve no assentamento Cachoeira acompanhando a situação

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Com a notável falta de chuvas, agricultores do assentamento Cachoeira, zona rural de Piripiri, conhecida pela alta produção de melancias, têm a iniciativa de aguar as covas usando baldes. A iniciativa é aplicada há alguns anos. O serviço é feito cova por cova nos 28 dos 30 hectares plantados. Eunice Barros, presidenta do Sindicato dos (as) Trabalhadores Rurais de Piripiri, esteve neste final de semana acompanhado o trabalho dos agricultores.

Os agricultores utilizam um caminhão para abastecerem os galões em uma comunidade vizinha. Além de aguar as covas semeadas, sobre elas são colocadas palhas de carnaúba, com o objetivo de para diminuir a velocidade de evaporação da água despejada na cova.

"Isso nos motiva a trabalhar em defesa do agricultor, uma vez que Piripiri está envolvida em um projeto de sisternas. Estamos lutando para que nosso município pode ter uma Secretaria de Agricultura, para ser mais um instrumento que viabilize condições, como, por exemplo, irrigação, incentivando a família, o jovem do campo sinta-se mais apoiado na sua atividade", comenta Eunice, revelando que não é somente a o assentamento Cachoeira vive esta situação. Outras comunidades estão sendo socorridas por carro-pipa.

O assentamento Cachoeira é uma grande produtora de melancias, que são vendidas todos os anos para várias cidades do Piauí e também do Maranhão e Ceará. Ano passado, foram 300 mil reais gerados com a atividade. Diretamente, são quarenta famílias que tiram o seu suspeito da cultura da melancia, plantada em 30 hectares. Destes, apenas 2 são irrigadas.

O agricultor e vice-presidente do assentamento, Gonçalo Kelé, diz que, apesar da estiagem, o árduo serviço "irrigação manual" realizado pode garantir uma boa safra.

"Temos uma expectativa de uma safra de mil toneladas, mesmo com esta condição de aguar manualmente. Trabalhamos com moradores do assentamento e de companheiros de povoados vizinhos. É um serviço que tem que ser feito, pois a gente investe em sementes caras e de qualidade e não podemos perder", disse.