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Método prediz risco de suicídio de pacientes psiquiátricos

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Diversas pesquisas sugerem que internos que recebem alta de serviços de saúde mental têm maior probabilidade de tirar a própria vida durante os primeiros meses em casa. Agora, pesquisadores da Escola Médica da Universidade Harvard desenvolveram cálculos algorítmicos capazes de predizer riscos, de acordo com artigo publicado na JAMA Psychiatry.

Os cientistas reuniram dados de mais de 50 mil soldados regulares do exército americano durante um ano após o desligamento desse tipo de instituição, entre 2004 e 2009. Em parceria com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), Instituto Nacional de Saúde (NIH) e Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH), eles extraíram centenas de potenciais indicadores de suicídio pós-hospitalar de informações retiradas dos extensos arquivos administrativos do Departamento de Defesa (DOD) e do Exército.

A manipulação de uma grande quantidade de dados complexos através de métodos de aprendizagem automática (uma subdivisão da área de inteligência artificial) gerou um algoritmo preditivo que classificava 5% desses combatentes com alto risco de suicídio no período pós-alta. Constatou-se que, de fato, esses 5% corresponderam a 52,9% dos que se mataram no período em questão. Além disso, grande parte do restante, aproximadamente 46%, tentou suicídio, passou por reinternações ao longo da fase de acompanhamento ou demonstrou maior probabilidade de morte por lesões não intencionais.

“Os dados são impressionantes”, afirma o autor principal do estudo, Ronald Kessler. “Isso nos alerta para a urgência do desenvolvimento de serviços de intervenção preventiva e da expansão dos cuidados pós-hospitalares para aqueles que tiveram alta psiquiátrica e se encaixam no grupo de alto risco.”

Uol