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Pesquisador piripiriense do Biotec publica Artigo Científico em Revista Internacional sobre o potencial da Biodiversidade Piripiriense

Etielle Andrade, Rafael Guimarães, João Manoel e José Roberto realizaram caracterização de um anfíbio na Cachoeira do Bota Fora

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O Brasil é um dos países mais ricos quando se fala em biodiversidade e pouco conhecida e caracterizada. Diante da necessidade do conhecimento desse potencial que biodiversidade piauiense nos oferece, pesquisadores do Biotec (Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia) realizaram estudo no Parque Municipal Cachoeira do Bota Fora, no município de Piripiri-Pi, caracterizando anfíbio da espécie Leptodactylus syphax.

Etielle Barroso de Andrade, herpetólogo, natural de Piripiri, formado em Biologia pela Universidade Estadual do Piauí (2007), mestre em Biodiversidade e Conservação pela Universidade Federal do Maranhão (2009), sob a orientação da prof. Gilda Vasconcelos de Andrade e coorientação do prof. José Roberto S. A. Leite. Atualmente, professor nos cursos de Biologia da Uespi (campus de Campo Maior) e Enfermagem e Fisioterapia da Chrisfapi (Piripiri) e tutor no curso de Biologia, modalidade à distância (EaD) pela UFPI.


Em 12 de dezembro de 2007, durante trabalhos de campo para caracterização do Parque Municipal Cachoeira do Bota Fora (04°12’00” S, 41°39’60” W), município de Piripiri-PI, foi registrado um indivíduo da espécie Leptodactylus syphax. Esta espécie, pertencente ao grupo de espécies L. pentadactylus, possui tamanho médio e habita áreas abertas associadas a solos rochosos. Amplamente distribuído no Brasil, Paraguai e Bolívia, foi descrito inicialmente no município de Cuiabá, Mato Groso. O macho adulto foi coletado vocalizando sobre as rochas nas margens de um pequeno riacho, apresentando os braços hipertrofiados e espinhos no polegar e no peito, características estas típicas de machos sexualmente ativos do grupo L. pentadactylus. Registros anteriores para o Piauí foram feitas nas cidades de São Raimundo Nonato e Floriano, localizadas na região Central e Sul do Estado, respectivamente. Este novo registro amplia a distribuição geográfica de L. syphax cerca de 320 km em linha reta do registro anterior na cidade de Floriano. O presente registro reforça a necessidade de se fazer inventários para caracterizar a fauna de anfíbios do Estado do Piauí, uma vez que o conhecimento sobre o grupo continua escasso.

O professor pesquisador Etielle Barroso de Andrade discorre sobre a importância e relevância da pesquisa: “O Piauí é um estado que apresenta elevada biodiversidade devido a sua grande extensão territorial e por ser considerado uma faixa ecotonal entre vários biomas brasileiros, contudo os esforços para sua caracterização são insuficientes, apesar do desenvolvimento crescente de pesquisas científicas na região. Os registros constantes de novos casos de anfíbios e répteis para a região demonstram a necessidade de aumentar os esforços no sentido de caracterizar a herpetofauna piauiense, inclusive no que diz respeito a descrição de novas espécies. O desenvolvimento de novas pesquisas e o registro de novas espécies são fundamentais para o conhecimento real da biodiversidade do Piauí e consequente para a criação de novas áreas de proteção ambiental no estado e direcionamento de políticas públicas para a conservação das espécies”.

Fonte: biotec