Polícia encontra adolescente de 14 anos ass4ssinada; suspeito é m0rt0 pela polícia em Pedro II
A vítima foi encontrada em uma fossa na casa de um suspeito, que, segundo a polícia, resistiu à prisão e foi m0rt0
2024-08-08 15:57:27Uma adolescente de 14 anos, chamada Giovanna Maria de Oliveira, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (8) em uma fossa de uma residência em Pedro II, no Piauí. Ela estava desaparecida desde 22 de julho deste ano e foi assassinada por uma facção criminosa, segundo a Polícia Civil. Um dos suspeitos do crime foi morto pela polícia.
O corpo localizado será identificado após uma perícia, que também deve determinar a causa da morte. No entanto, um dos presos suspeitos de participação na execução da jovem revelou que o corpo de Giovanna foi ocultado na casa em que a polícia esteve.
Em vídeo gravado no local (assista acima), o delegado Charles Pessoa, coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), refaz os passos dos criminosos. De acordo com a investigação, os executores mataram Giovanna no sofá da sala de estar e, depois, enterraram seu corpo em uma fossa.
“O objetivo inicial [dos criminosos] era ocultá-la em um buraco no quintal, até iniciaram a escavação, mas um deles alegou que tiveram dificuldade para cavá-lo e decidiram esconder o corpo na fossa”, explicou Charles Pessoa.
Suspeitos do crime
Conforme o Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), dois suspeitos foram presos, identificados como Wanderson e Cachoeira. Ambos são membros de uma facção atuante em Pedro II.
Aos policiais, Wanderson confessou ser o autor dos disparos contra Giovanna, morta com dois tiros na cabeça. A vítima foi encontrada em uma fossa na casa de Cachoeira, que, segundo a polícia, resistiu à prisão e foi morto pelos policiais.
Além de Wanderson e Cachoeira, outros suspeitos de integrar a facção, conhecidos como Beira-Mar e Pirrolinha, teriam participado da execução da adolescente. O Draco informou que Pirrolinha também foi preso.
Segundo o Draco, Wanderson exercia uma função de liderança e era responsável por organizar a célula de uma facção criminosa oriunda do Rio de Janeiro. Ele recebia ordens diretas de um dos líderes do grupo no Rio e controlava o tráfico de drogas na região de Pedro II, recebendo entorpecentes vindos do Ceará.
Ele dava apoio logístico a comparsas como Cachoeira e outro identificado como Beira-Mar, que serviam como executores da facção no município. Wanderson também alugava casas e fornecia armas para o cometimento dos crimes.
Cachoeira, por sua vez, tinha envolvimento com vários homicídios em Pedro II e outros crimes no Ceará. Sob ordens da facção, ele assassinava membros de grupos rivais com as armas fornecidas por Wanderson. A investigação do Draco apontou que ele é suspeito por, pelo menos, cinco homicídios de outros criminosos.
De acordo com a polícia, ele vivia isolado em uma casa alugada por Wanderson e saía apenas para executar alvos pré-determinados, com base em uma lista de pessoas juradas de morte pela facção.
Operação em Pedro II
As prisões e a localização do corpo aconteceram durante a Operação Draco 143, que cumpriu dez mandados de busca e apreensão contra uma facção criminosa envolvida com diversos homicídios e tráfico de drogas no município. Armas, drogas, dinheiro e balanças de precisão também foram apreendidos.
Além do Draco, a operação contou com o apoio da Delegacia de Pedro II, do Batalhão Especializado de Polícia do Interior (Bepi), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) de Teresina, da Guarda Municipal de Pedro II, do Corpo de Bombeiros Militar, do Instituto Médico-Legal (IML) e da perícia criminal.