Promotor denuncia cinco pessoas por duplo homicídio em Piripiri

Todas as pessoas apontadas na denúncia já se encontram presas

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O Ministério Público do Piauí, por meio do promotor Adriano Fontenele Santos, denunciou à Justiça cinco pessoas – Carlos Douglas Veras Alves, Francisca das Chagas Gomes dos Santos, Ana Beatriz da Conceição Santos, Jorbson Gabriel Almeida e Marcia Raysla Fontenele Araújo - acusadas de participação em um duplo homicídio ocorrido em 03 de dezembro de 2022, no bairro Caixa D'Água, em Piripiri. Daniel Rodrigues da Silva e Renan Duarte dos Santos foram assassinados a tiros.

Consta na denúncia que as vítimas trafegavam em uma moto, quando foram alcançadas e surpreendidas por quatro homens encapuzados em um veículo Fiat Toro, da cor branca, que realizaram vários disparos de arma de fogo contra a dupla, empreendendo fuga em seguida. 

Daniel Rodrigues, que estava na garupa, morreu ainda no local, enquanto Renan Duarte, chegou a ser atendido no hospital, mas morreu logo depois.

Imagens de câmeras de segurança, as quais a Polícia Civil obteve acesso, capturaram o exato momento em que as vítimas são acompanhadas pelo veículo, sendo possível visualizar que o garupa faz um movimento de se encolher, no intuito de se proteger dos disparos. 

Um trecho do documento do Ministério Público diz: “Um dos denunciados dirigia o veículo, enquanto uma mulher que estava no banco da frente realizou os disparos contra as vítimas. Ato contínuo, o denunciado Ciclone desceu do veículo acompanhado de uma segunda mulher, que estava no banco de trás, e efetuou novos disparos, a curta distância, enquanto a mulher, portando uma arma, ameaçava uma testemunha ocular do crime, que prestou depoimento de forma anônima”.

Para o Ministério Público, o duplo homicídio ocorreu em função de disputa entre facções rivais, embora, segundo o promotor, as vítimas não tivessem relação com nenhuma delas. “A motivação do crime foi guerra entre facções criminosas para domínio de território para o tráfico de entorpecentes. Apesar das vítimas não pertencerem a nenhuma dessas organizações, moravam em um bairro dominado pela facção Comando Vermelho, e frequentavam diariamente um bairro dominado pela facção rival PCC, bem como Daniel estava se relacionando com uma pessoa de nome, que possui vínculo com a outra pessoa, decretada de morte pela facção que CICLONE tem posição de destaque. Dessa forma, esta demonstrado o motivo torpe”, diz outro trecho do documento.