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Em nota, pesquisadores e historiadores repudiam 'intervenções' e descaso com patrimônio histórico de Piripiri

Núcleo de Estudos e Pesquisa em História de Piripiri consideram ações no Olho D`água de N. Sra dos Remédios uma desconfiguração e ampliam o tema

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Um dos temas em pauta de Piripiri é o patrimônio histórico, com a possibilidade de serem derrubados ou modificados prédios e estruturas da história do município. O NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISA EM HISTÓRIA DE PIRIPIRI – NEPIH contactou o site Piripiri Repórter com a seguinte nota pública:

Nota Pública: A Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Piripiri-Piauí

O NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISA EM HISTÓRIA DE PIRIPIRI – NEPIH, grupo formado por pesquisadores, professores de diversas áreas como historiadores, arqueólogos, antropólogos, cientistas sociais, entre outros, que atuam e pesquisam a História, a Cultura e a Sociedade de Piripiri, vem a público registrar o seu descontentamento quanto ao descaso e a falta de políticas públicas do município voltadas à preservação do patrimônio histórico e cultural de Piripiri – Piauí, mais uma vez em evidencia em razão da "revitalização" em andamento do Olho D’Água de Nossa Senhora dos Remédios, feita pelo poder público municipal.

O NEPIH, vem se posicionar acerca da inexistência de políticas públicas adequadas, consistentes e efetiva para preservar o que nos resta do patrimônio histórico e cultural de Piripiri, visando sensibilizar o poder público municipal e a sociedade à construir junto conosco uma agenda de debates e ações efetivas para criar uma lei de tombamento e atuar para proteger, conservar, valorizar e reabilitar as edificações e monumentos, como acontece em cidades como Pedro II e Piracuruca, demonstrando que é possível e que há políticas públicas de proteção e preservação do patrimônio histórico e cultural.

Ao longo dos anos, o centro histórico de Piripiri tem sofrido uma ação modernizadora, sem levar em conta a proteção e a preservação do patrimônio histórico e cultural. O caso do Olho D’Água Nossa Senhora dos Remédios não é primeiro, e é injustificável a desconfiguração do patrimônio histórico e cultural para promover uma "revitalização" modernizadora, sem levar em conta aspectos históricos, arquitetônico e paisagístico que simbolizaram e marcaram a história e a memória de gerações de piripirienses.
As questões de preservação, recuperação, manutenção e reabilitação do patrimônio histórico e cultural são urgentes e requererem discussões, planejamento e ações efetivas, sem mais lugar para propostas simplistas, superficiais e inconsistentes.

Piripiri, 20 de dezembro de 2019

Arimateia Ferreira (UESPI) – Professor e Mestre em História do Brasil
Elaine Ignácio (UFPI) - Arqueóloga e doutoranda em Patrimônio na Universidade de Extremadura – Espanha e em História na Universidade Federal de Santa Maria – RS
Francisco Alves de Oliveira Júnior – Mestrando em Ciências Sociais e bacharel em Direito
Francisco Helton de Araujo O. Filho (UFPI) - Mestre em História e coordenador do NEPIH
Jean Paulo Nascimento Silva – Professor de História
Jussarina Adriana da Silva Carvalho – Professora de História
Karithiane K. Haffizza Mill Medeiros Lustosa – Mestre em História do Brasil (UFPI)
Luciana Pereira Lima (Núcleo de Estudos afro-brasileiros e indígenas – NEABI/IFPI) – Mestre em História
Luiz Mário de Morais Getirana – Professor e Historiador
Márcia Marques Damasceno (Núcleo de Humanidades do IFPI) – Mestre em Filosofia
Marco Antônio Alves Matos – Professor de História
Mayra Janda Silva Araújo – Professora de História
Pablo Roggers Amaral Rodrigues - Mestre em Arqueologia e Arqueólogo do IPHAN Maranhão
Raquel Fontenele Pereira – Professora de História
Rodolfo de Sousa Pereira – Professor de História
Valdenia Freitas – Professora de História