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Bruno escreveu carta para terminar RELACIONAMENTO AMOROSO com Macarrão, diz advogado

Ele afirmou também que esse era um claro caso de amor

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A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou nesta segunda-feira (9) que a carta escrita pelo goleiro Bruno Fernandes a Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e divulgada pela revista “Veja” não consta nos registros de correspondências enviadas e recebidas por detentos da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Seds, o atleta disse, em depoimento na unidade prisional nesta segunda, que pediu para outro preso entregar a mensagem ao amigo.

A edição deste fim de semana da revista “Veja” divulgou o teor da carta escrita pelo goleiro Bruno no presídio para Macarrão. Os dois estão presos suspeitos de participação na morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. No texto, o jogador pede a Macarrão para usar o “plano B”, que, segundo a reportagem, seria assumir a culpa sozinho pela morte e isentar o goleiro de culpa.

O advogado Rui Pimenta, que defende o goleiro, também confirmou que a carta foi enviada através de outro detento. O defensor questiona, entretanto, como a correspondência saiu da penitenciária. “Se essa carta foi apreendida no presídio, ela teria que ser remetida à juíza competente do Tribunal do Juri de Contagem, para que ela querendo, mande anexar nos autos do processo, e no entanto, ela [a carta] saiu daqui [penitenciária], foi para outro lugar e foi parar na redação de uma revista”, disse.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a carta não está anexada ao processo sobre morte e desaparecimento de Eliza Samudio e também não há nenhuma petição pedindo que a mensagem venha a ser incorporada aos autos. Ainda segundo a Justiça, a defesa ou juiz do caso podem pedir a anexação, após o julgamento de recursos do processo em instâncias superiores.

Ainda segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social, a penitenciária dará continuidade ao procedimento de apuração para checar como a carta saiu da unidade prisional. A Seds também divulgou que as informações levantadas serão remetidas à Justiça.

Carta

Os advogados do goleiro Bruno Fernandes disseram nesta segunda-feira que o goleiro confirmou a autencidade da carta divulgada pela revista "Veja" e explicaram o contexto em que ela foi escrita. Os defensores Rui Pimenta e Francisco Simim visitaram o jogador nesta manhã na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo eles, a carta representa o rompimento do relacionamento de Bruno com Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, se realmente ele tivesse envolvido com o desaparecimento de Eliza. No texto, é pedido também que Macarrão reconheça que é responsável pelo crime, afirmaram os advogados.

"O que o Bruno quis ressaltar é que assumir o 'plano B' era uma obrigação do Macarrão, porque o Macarrão havia traído Bruno quando sumiu com a Eliza", justificou Pimenta. Segundo o advogado, Eliza foi morta sem o consentimento do jogador. Pimenta alega que a carta foi redigida em novembro do ano passado e veio a público com o final apagado, dando margem a distorções. Ele afirmou que, no trecho final Bruno disse ter escrito: "Macarrão, você tem realmente que assumir este crime porque eu não posso pagar por sua traição. Eu não mandei você sumir com a Eliza", relatou.

À pergunta "O senhor desmente a hipótese de que era uma carta para romper o relacionamento sexual?", Rui Pimenta respondeu que "o relacionamento sexual não está somente dentro carta. Ele está na própria reportagem da 'Veja', quando diz lá que Eliza Samudio gravou um filme aonde tinham relação sexual os três. Então você daí vê que a homossexualidade já existia no filme que eles gravaram.

Pimenta ainda levanta outra hipótese para a morte de Eliza, que teria sido causada por um "sentimento" que Macarrão poderia ter em relação a ela. "Quer dizer, se eles participavam de uma zorra sexualmente, evidente que o Macarrão também sentia algum sentimento por Eliza Samudio não é verdade? Que se ele 'tava' lá também contribuindo com o ato essa coisa toda, existia também um envolvimento sentimental dele com Eliza samudio. De repente ele era também apaixonado por Eliza samudio e pode ter matado por vingança", falou.

Na edição desta segunda-feira (9) do jornal "O Estado de S. Paulo", o advogado Rui Pimenta disse que a carta tratou sobre um relacionamento homossexual entre Bruno e Macarrão. "Naturalmente, pela masculinidade dele, um gladiador, eu entendo que o relacionamento entre eles existia. Eu levo a carta para esse lado, ele queria terminar essa relação", disse Pimenta. Ele afirmou também que esse é um "claro caso de amor".

Fonte: G1