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Em entrevista, dançarina diz que sentiu nojo e que seu pai foi parar na UTI por conta dos vídeos gravados em Piripiri

A jovem de 19 anos conta ainda detalhes de como ocorreu no bar e sobre as providências tomadas

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Uma polêmica que até hoje dá o que falar. O caso da dançarina em um bar em Piripiri, onde alguns homens passaram do limite. Tudo foi filmado e espalhado, gerando opiniões divididas e diferentes consequências para os envolvidos.

PAI FOI PARAR NA UTI

O Piripiri Repórter entrevistou T. R., de 19 anos de idade. Ela mora em Timon-MA, com sua avó. Tem uma filha, que mora com o pai. Ela contou que foi contratada pelo bar para fazer o strip-tease. Ela diz que o que mais lamenta é terem espalhado vídeos, fazendo com que chegasse até seu pai, que mora em outro estado, e foi parar na UTI. "Meu pai, que mora na Paraíba, chegou a ver e passou mal. Ele tá na UTI", disse.

O QUE HAVIA SIDO COMBINADO

Antes de responde as perguntas, T. falou de seu estado de consciência, no momento da dança.

"Tomei só meio copo de vodka e duas cervejas periguetes. Eu bebi, mas não tava totalmente alcoolizada", coloca.

T. disse que já tinha sido contratada no mesmo bar."O combinado era eu dançar, fazer o strip e eu ficar nua. Como não tinha palco, pedi para fazerem uma roda com os homens. Foi avisado que, no show, não pode se aproximar, só se a dançarina for até eles e nem podia filmar também", relata.

O MOMENTO POLÊMICO

T. diz que o momento da gravação dos vídeos, com os vários homens a tocando, ocorreu quando foi até dois deles e subiu em uma cadeira. Ela comenta que sentiu nojo.

"Quando subi na cadeira, os outros chegaram e começaram a tocar em mim e a filmar. Quando percebi, falei para pararem. Eu senti nojo e não queria estar ali, de jeito nenhum. As meninas conseguiram me tirar do meio deles", detalha, que revelou ter visto, além dos homens, duas clientes filmando.

UM DOS HOMENS TENTOU FAZER SEXO EXPLICITO

A jovem revelou ainda que, durante a dança, um homem tentou fazer sexo com ela. "Tinha um homem que queria por que queria que eu transasse com ele na frente de tudo mundo, ali", falou.

No dia seguinte, quando voltava para casa, na estrada, em Campo Maior, a dona do bar ligou para ela e disse que vídeos estavam circulando.

ESTRUTURA PARA O EVENTO

Ao descrever a estrutura para o evento, T. diz que tinha apenas um segurança, que ficava na entrada, e aponta como um dos motivos para que os homens ultrapassassem limites que ela havia acordado.

"O que aconteceu é que não tinha segurança dentro. Somente mulheres. Mas, da minha parte, a dona do bar não tem culpa. Compreendo que ela não teve culpa. Ela não teve noção de organização. A culpa é dos homens que são seres nojentos", comenta.

"NÃO TINHA COMO ME DEFENDER", AFIRMA

Perguntada quanto as possibilidades de defesa que poderia fazer, que muitos, que tiveram acesso aos vídeos, afirmam, caso ela quisesse, ela diz que não viu como se defender.

"Não tive como me defender. Não tenho muita força. Eram vários homens. Eu poderia tirar uma mão e vinham outras mãos. As meninas tentaram e conseguiram me tirar", disse.

PROVIDÊNCIAS

Quanto às providências, ela diz que não quer processar ninguém, mas faz o alerta.

"Não quero processar ninguém. Quero que parem de propagar os vídeos, que me deixem em paz. Isso é crime. Além de gravar, compartilhar esse tipo de coisa é crime. O ser humano é um ser desprezível, para mim. Queria dar esclarecimentos à polícia, para não prejudicar a proprietária do local. Para mim, ela também é vítima", coloca.

CONSIDERA ABUSO?

Quando perguntada se considera abuso o que houve e, caso considere, poderia denunciar os homens, observa-se ela meio confusa quanto ao conceito desse termo (abuso).

"Não houve sexo em si. Mas tentaram sim. Mas teve mãos, que invadiram meu corpo sim. Várias. Considero sim. Uma falta de respeito também. Mas não quero denunciar ninguém, não", afirma ao Piripiri Repórter.

EM OUTRAS CIDADES

T. disse que esteve já em outras cidades, mas que nunca havia dado esse problema semelhante.

"Outras cidades e as pessoas respeitaram demais. Em Piripiri mesmo, da outra vez, que teve um número menor, teve respeito", fala.

O QUE ELA FAZ, DO QUE VIVE

T. disse que, na verdade, é designer de sobrancelhas, disse que o strip é um bico e que exerce essas as atividades para ajudar com os remédios de sua avó. Também foi perguntado se também faz programas.

"Não é uma profissão para mim. É um bico de dançarina. Não sou garota de programa. Já cheguei a fazer. Mas se aparecer dinheiro, hoje a gente faz. A maioria das mulheres, se aparecer dinheiro, faz. Vejo mulher casada que se oferecer R$ 100 ou R$ 150, ela faz sim. É uma coisa normal", disse.