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Professor, escritor e filósofo piripiriense faz crítica a livros infantis e alerta pais e professores

Apolinário Cunha faz uma rápida, mas minuciosa e importante análise

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Isso é educação?

O que as quatro imagens abaixo têm em comum? O perigo.

Por Apolinário Cunha, Professor, escritor e Filósofo

Caros pais e colegas professores. Temos algo a lamentar conjuntamente. As nossas crianças correm perigo! Não bastasse os casos absurdos envolvendo a tal boneca terrorista momo, que é uma nova versão do jogo perigoso baleia azul, que já fez vítimas fatais – O jogo da Boneca Momo é um novo desafio de enforcamento representado pela imagem aterrorizante de uma escultura japonesa de uma mulher-pássaro que foi exibida na Vanilla Gallery, de Tóquio, em 2016, como parte de uma exposição sobre fantasmas e espectros. A escultura apresenta olhos esbugalhados, pele pálida e um sorriso sinistro, além de pés de pássaro. O novo viral começou a ser compartilhado em julho aqui no Brasil, depois de chamar a atenção das autoridades em países como Argentina, México, Estados Unidos, França e Alemanha. Agora outros perigos surgem. Precisamos estar redobradamente atentos, pois o perigo está nos livros ao alcance das crianças.



Tomei conhecimento de alguns temas insolentes, alguns transvertidos de “educacionais” oficiais e gostaria de alertar os pais de crianças, responsáveis e colegas professores em geral.

Depois do perigoso desafio da Baleia Azul, que também tive o cuidado de escrever como educador, pois envolveu algumas crianças e adolescentes no ano passado no Brasil e em vários outros países e tinha como suposta etapa final de uma série de ações o suicídio, chamo atenção especialmente agora pela estratégia sutil de infiltração de certos assuntos igualmente perigosos aos nossos alunos.

Pensei preocupado nessa boneca terrorista, mal sabia eu que o perigo está muito mais dentro das escolas do que lá fora. Estou falando do livro intitulado: ” O menino que espiava por dentro” da brilhante escritora, ganhadora de tantos prêmios, considerada pela crítica como uma das mais versáteis e completas das escritoras brasileiras contemporâneas, a carioca Ana Maria Machado que também ocupa a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, presidindo-a de 2011 a 2013. O livro (editora global) em questão trata de um incentivo ao suicídio infantil quando diz num certo trecho: “ ... Quase não aguentava mais. Aí também resolveu que o melhor era deixar para engasgar com uma maçã na hora de deitar, quando estivesse sozinho. E que a família dele era tão desligada dessas coisas que era até capaz de alguém dar um tapa nas costas dele só para desengasgar, e aí estragava o plano todo. (Para ir para o seu encontro do seu mundo da imaginação...)

Outro perigo evidente está no livro intitulado: “ Enquanto o sono não vem” cujo trecho entre as páginas 26-29 o autor José Mauro Brant relata “A triste história de Eredegalda” (editora JPA). É uma história triste, como o próprio título sugere, além da cena em que um pai deseja uma das filhas (incesto).

Tristeza é saber que há livros de crianças que jamais poderão ser para crianças. Pais e educadores, fiquemos atentos aos conteúdos que nossos filhos estão tendo acesso. Não gostaria de dizer isso, mas na escola também há perigos. Faz bem refletir e ficar mais atento ao que nossas escolas e alunos estão compartilhando.