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PF e INSS revisam benefícios em Piripiri, Barras e Parnaíba após prisões

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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Polícia Federal (PF) montaram uma força tarefa para investigar o esquema de fraude a previdência na região Norte do Piauí.

Todos os benefícios concedidos nas cidades de Barras, Piripiri e Parnaíba devem passar por revisão.

A ação foi anunciada após a prisão de 15 membros de uma mesma família durante a operação Biditos, deflagrada nessa que terça-feira (8) e que identificou contas fraudulentas. Um vereador, um empresário, um servidor da Prefeitura de Piripiri e uma servidora do INSS de Parnaíba estão entre os presos.

Em Tutóia, foram presas oito pessoas no povoado Barro Duro, sendo uma mulher e sete homens, com o suporte dos policiais militares do 2º BPM de Parnaíba. No município também foram apreendidas sete armas (três pistolas e quatro revólveres), carregadores e munições, quatro veículos.

A polícia também apreendeu uma grande quantidade de cartões bancários e talões de cheques, identidades falsas e outros documentos que comprovariam a prática da fraude.

Todos foram encaminhados para Delegacia da Polícia Federal em Parnaíba.

“Essa quadrilha praticava fraudes dentro das agências, dando entrada nos benefícios,como aposentadoria rural, concedidos para pessoas que não existiam. Eles ficavam com os cartões magnéticos e sacando mensalmente esses valores”, explicou Ney Ferraz, superintendente do INSS.

Os órgãos não descartam que outros servidores do INSS estariam envolvidos na fraude. De acordo com a Polícia Federal, o prejuízo causado pelo grupo identificado até o momento é de R$ 27 milhões, cerca de R$ 365 mil por mês.

“Estamos fazendo diuturnamente o que manda a lei. Tudo será apurado, mais prisões podem acontecer e o dinheiro será ressarcido aos cofres públicos. Porque este dinheiro é da sociedade e ele faz falta um investimento na educação, saúde e outros setores”, comentou o superintendente do INSS no Piauí, Ney Ferraz.

Segundo o delegado Lucimar Sobral, da Polícia Federal, eventualmente a quadrilha utilizava um idoso para renovar senha, que recebia R$ 30 a R$ 50 reais pelo serviço. Os presos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato qualificado, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Gonte: G1