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Em Piripiri, policial civil ajuda mulher a encontrar a mãe depois de 39 anos: 'Foi um anjo'

Um Boletim de Ocorrência foi o elo para o agente promover o emocionante reencontro em poucas horas

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Luciana Rodrigues Furtado, moradora do bairro Floresta, encontrou sua mãe após 39 anos. Foram muitos anos de procura, de quase perder a esperança. Porém, mal sabia ela que na Delegacia de Polícia de Piripiri estava a chave para o reencontro. Um policial, João Paulo, conseguiu, em poucas horas, localizar dona Isolete Rodrigues, hoje com 59 anos de idade, morando no bairro Flor dos Campos. No reencontro, todo mundo chorou, mãe, filha, neta (que foi junto) e até o policial.


ENTENDA:

Luciana, de 39 anos, foi à delegacia na manhã dessa quarta-feira (11) como testemunha e dar seu depoimento. Durante o procedimento, comentou com o agente que não conhecia sua mãe, apesar de ter o nome em seus documentos. Ela explicou que, ainda bebê, foi doada e tinha o sonho de conhecê-la.

"No sistema, fiz uma pesquisa com o nome da mãe. Um outro filho dela havia registrado um B.O. e os dados e endereço estavam registrados. Por coincidência, ela mora a duas quadras aqui da delegacia. Fiz a visita e confirmei as informações", explica João Paulo.






Este ano Luciana terá seu primeiro dia das mães com a sua mãe biológica. Ela já faz planos e agradece a ajuda fundamental para realização do sonho. "Foi um anjo que Deus colocou na minha vida. Não era trabalho dele, mas ele foi lá e fez assim. Foi a coisa mais linda q me aconteceu nos últimos tempos", conta Luciana, ainda emocionada.

O Piripiri Repórter acompanhou a visita. Dona Isolete estava também claramente emocionada e contou que sempre lembrou da filha e que, seis meses após doar, tentou buscar de volta, mas não localizou a família doadora. "Naquela época o pai dela não quis assumir e a situação era muito difícil e acabei doando, mas me arrependi. Os outros três filhos que vieram depois, mesmo com dificuldades, criei, lutei, mas sempre lembrava também da minha outra filha. Eu rezava", contou.

No reencontro, Luciana levou também a filha, Rita, para conhecer a avó biológica. Não deu para segurar a emoção, inclusive o policial.

"Como policial, a gente tem a função de contribuir com a sociedade. Para mim, uma ação como policial. A satisfação muito grande, mas principalmente como ser humano. Acabei juntando dois corações. Um ato simples, mas que resultou em algo tão importante", complementou o policial.