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Coletivo Marcha da Maconha de Piripiri divulga nota oficial

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O Coletivo Marcha da Maconha de Piripiri entrou em contato com o Piripiri Repórter e enviou uma nota informativa sobre o ato que está marcado para o dia 26 de maio.

NOTA do coletivo Marcha da Maconha de Piripiri

O Coletivo Marcha da Maconha de Piripiri vem agradecer ao Portal de Notícias "Piripiri Repórter" pela matéria veiculada de forma didática, imparcial e respeitosa acerca do evento a ser realizado na cidade no dia 26 de maio de 2018: Grupo planeja realizar Marcha da Maconha em Piripiri

Em tempos de crise ética no nosso país, é essencial ao exercício do jornalismo a verdade e a imparcialidade. O que se vê e se faz, na prática, é o avesso. Os órgãos de imprensa, como empresas, têm interesses econômicos e políticos que influenciam na circulação das notícias que produzem e que somos quase que obrigados a consumir, por efeito do encantamento dos holofotes, da espetacularização da notícia ou da notícia do espetáculo.

Torcemos para que os demais portais de notícias da cidade, bem como comunicadores dos programas de rádios locais não busquem ganhar audiência ou acessos tentando polemizar a nossa causa. Afinal, se aproveitar da ignorância da população piripiriense é uma maneira sorrateira de trabalhar.

Apostamos na amplo discussão acerca da temática. Queremos suscitar o debate maduro sobre a legalização da maconha, provando os benefícios em seus diversos usos: social, religioso, medicinal (temática escolhida para nossa primeira marcha) e industrial.

Apesar de ainda haver um grande tabu sobre este assunto, é evidente que a proibição já se mostrou ineficaz, resultando no encarceramento de uma juventude — em sua maioria, negra e de classe baixa — e interferindo diretamente na liberdade pessoal.

O movimento defende a ideia de que não cabe ao Estado controlar uma conduta individual quando esta não afeta a vida de terceiros, como é o caso do uso da maconha. Ou seja, um indivíduo que cause danos a si mesmo não poderia, por este motivo, sequer ser julgado.

Ainda que vagarosamente, o debate da legalização da maconha avança em diversos aspectos. Apontada como uma possível solução à violência gerada pelo tráfico, que tanto assola Piripiri, o plantio da Cannabis para uso próprio é uma ideia recorrente e defendida pelo movimento.

A Marcha da Maconha tem respaldo da Constituição.
Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, foi relator e conduziu a votação que aprovou unanimamente por todos os ministros do STF a realização dos eventos chamados “marcha da maconha”, que reúnem manifestantes favoráveis à descriminalização da droga. Para os ministros, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Em seu discurso alegou que "a livre circulação de ideias representa um signo inerente às formações democráticas que convivem com a diversidade. O direito de reunião, enquanto direito-meio, atua em condição de instrumento viabilizador do exercício da liberdade de expressão. As ideias podem ser fecundas, libertadoras, subversivas ou transformadoras, provocando mudanças, superando imobilismos e rompendo paradigmas até então estabelecidos nas formações sociais".

Celso de Mello deixou claro que a defesa pública da legalização é lícita, embora não implique em uma permissão do uso de psicoativos durante esse tipo de ato. Pelo contrário, somente na via pública os cidadãos poderão "propor soluções, expressar o seu pensamento, exercer o direito de petição e, mediante atos de proselitismo, conquistar novos adeptos e seguidores para a causa que defendem". Essa possibilidade de reunião, acredita o decano, é tanto uma liberdade, quanto uma obrigação que deve ser garantida pelo Estado.

Para a realização da manifestação existem parâmetros prontamente realizados e atendidos pelos organizadores, os quais são: ser previamente noticiadas às autoridades públicas, inclusive com informações como data, horário, local e objetivo do evento.

Portanto o Coletivo Marcha da Maconha de Piripiri vem pedir respeito à todas as pessoas que divergem da nossa opinião. A cidade é livre para suas manifestações. Se organizem e comuniquem previamente às autoridades competentes. Lutem também por algo. Nós estamos lutando pela Paz. E acreditamos que a desinformação seja o nosso maior inimigo, tão presentes nas cabeças dos cidadãos piripirienses, que não tem uma educação de qualidade, com professores devidamente qualificados com mestrado e doutorado, ou universidades com cursos que propiciem uma formação mais reflexiva do ser humano, que não apenas a tecnicista voltada para o mercado de trabalho, como vemos algumas Instituições de Ensino Superior da cidade que tratam a educação como uma mercadoria e não como um direito ao ser humano.

Aguardamos todos aqueles que querem paz para Piripiri. Não precisa ser usuário para estar conosco nesta luta. Basta se informar sobre a temática apenas. Vamos marchar contra a hipocrisia! Vamos combater a desinformação da população!
Vamos mostrar a eles quem são os falhos de conhecimento!
Vamos evidenciar a hipocrisia de quem serve bebidas alcoólicas em festas de 15 anos, casamentos, formaturas colocando em risco a vida da própria pessoa que consome e da população piripiriense que nada tem haver com este consumo "perfeitamente aceitável" pelos cidadãos de bem. Dia dos motoqueiros vem aí, e nós indagamos quantas mortes passarão ou entrarão nas estatísticas e ninguém dos que nos criticam vão nas redes sociais condenar o álcool, a VERDADEIRA DROGA QUE MATA E TRAZ PREJUÍZO PRA SAÚDE PÚBLICA gastando recursos na urgência e emergência e lotando os nossos hospitais?
A nossa batalha está apenas começando!

"O difícil nós fazemos agora, o impossível leva um pouco mais de tempo" (Ben Gurion)

Atenciosamente,

Coletivo Marcha da Maconha de Piripiri