Moradores perdem móveis e, com risco de desabamento, pagam máquina para obra emergencial em rua, em Piripiri

Retroescavadeira, prometida por secretário, foi vista fazendo estacionamento e abrindo estrada de acesso ao Caldeirão

2018-02-25 17:22:59

Alguns moradores da Rua Estevão Rabêlo, bairro Caixa d’Água, na altura do posto Ipiranga, tiveram que pagar uma retroescavadeira para fazer uma obra emergencial de competência do município, neste domingo (25). Várias vezes procurado, secretário de obras havia prometido enviar uma máquina.

Segundo Sara Beatriz, moradora da região, naquelas imediações, há poucos anos foi construído o posto de gasolina, atualmente posto Ipiranga, sendo aberta uma rua pela prefeitura, que corta a Rua Estevão Rabêlo e a Avenida Dr. João Bandeira Monte. Na época da construção do posto, o município liberou a obra. No entanto, naquela região atravessa um córrego, que desemboca no "Cascudo", e com a construção do posto e da rua, a passagem da água ficou totalmente impedida.

Há alguns anos a população tem sofrido no período chuvoso, já que um terrível alagamento se instaura nas casas das imediações. Com as fortes chuvas dos últimos dias, principalmente com a do dia 24 de fevereiro, muitos moradoras tiverem suas casas inundadas, com perda de móveis e com um risco iminente de desabamento. Não bastasse todo este constrangimento, quando os populares se dirigem às autoridades municipais, são informados que o processo de correção da obra corre junto à justiça, mas já se estende por anos.

Retroescavadeira, prometida por secretário para o reparo, foi vista fazendo estacionamento e abrindo estrada de acesso ao Sangradouro do Caldeirão, nesse sábado (24).

Sara conta ainda que após ter sido várias vezes procurado, secretário de obras da cidade prometeu que mandaria uma máquina para fazer os reparos e colocação de manilhas, porém isto nunca ocorreu. Hoje, os pais de família da região choram pela perca de seus poucos bens e pelo medo de verem suas casas desabadas. "E como se não fosse suficiente, ainda têm que pagar do próprio sustento uma máquina para fazer uma obra emergencial, de responsabilidade do município. Tudo isso demonstra um total descaso por parte das autoridades de Piripiri e isto não pode passar em branco", finaliza.