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Em Piripiri, advogado aponta falhas no processo contra Lula e diz que argumento da sentença levaria zero

Para Marcelo Mascarenhas, caso a decisão do magistrado fosse usada como resposta em prova do curso de Direito não seria aceitável

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O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Piripiri realizou, neste sábado (13), um evento intitulado "Comitê Popular de defesa de democracia e do direito de Lula ser candidato", no espaço do SINTE Regional. O ex-presidente será julgado em 2ª instância no dia 24 de janeiro. No encontro, vários questionamentos com relação ao conteúdo, intenção e trâmites do processo foram feitos, bem como sobre a sentença da 1ª instância.

O evento foi conduzido por Meirian Castro e iniciou com a explanação do advogado Marcelo Mascarenhas, que explicou, de uma forma bem didática, detalhes jurídicos da situação do ex-presidente Lula diante da justiça e colocou que há uma perseguição, apontando pontos do processo que justificam sua conclusão.


Advogado Marcelo Mascarenhas

Marcelo argumentou que parte do judiciário trata de maneira diferente os processos de Lula comparado com os demais acusados do processo, deixando suspeita algumas decisões sobre quem julga e antecipações de datas. "Inicialmente, por não haver ligação com a Petrobras, o processo deveria ser julgado na jurisdição do apartamento, o triplex, que alegam ser de Lula. Não comprovam também no que ele beneficiou a OAS e nem que vantagem foi recebida pelo ex-presidente. O processo é cheio de fragilidades. Se fosse uma prova, o aluno que respondesse dessa forma que está no processo, levaria zero. No mesmo processo da Lava Jato há outros sete recursos impetrados antes do recurso de Lula e ainda não foram encaminhados para julgamento, ou seja, o de Lula foi bem depois e já tem data para ser julgado, deixando de seguir a lógica", disse.

O advogado comentou ainda que as fragilidades apontadas no processo, o resultado deveria ser a absolvição, caso considerasse, de fato, a lei.

"Existem muitas fragilidades na sentença. Se for um julgamento jurídico, não há outro resultado possível que não seja a absolvição, mas pelo que a gente percebe é que é um julgamento político, pois o interesse não é, efetivamente, fazer justiça, mas submeter ao calendário eleitoral e impedir que Lula seja candidato", colocou.



Estiveram presentes o vereador Antônio Soares "Totonho", secretário de administração do estado, Franzé Silva, presidente da FANCC, Neide Carvalho, presidente do diretório municipal do PT, Meirian Castro, secretário da SDR PI, Lima, advogado Marcelo Mascarenhas, ex-prefeito Rezende Araújo, ex-vereadora e presidente do Sindicato dos (as) Trabalhares (as) Rurais de Piripiri, presidente do SINTE, Iolete Pereira, secretário da AGESPISA, Genival Sales, além de representantes de associações comunitárias, da zona rural e urbana, e simpatizantes do ex-presidente Lula.

O julgamento será em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Piripirienses irão compor um grupo de piauienses que estarão presentes nas imediações do tribunal, em ato a favor de Lula. Caravanas de vários estados planejam participação na manifestação.