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Educação de Piripiri deixa de comprar da agricultura familiar e agricultores lutam pela aplicação da Lei

Segundo a Lei, até 30% do dinheiro repassado pelo governo federal para a alimentação escolar é para aquisição de alimentos da agricultura familiar

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O ano de 2017 não começou positivo para a agricultura familiar de Piripiri. Apesar da feira promovida pelo Sindicato dos (as) Trabalhadores (as) Rurais de Piripiri e parceiros, na Praça do Curumim, a agricultura familiar foi atingida pela suspensão de compra de alimentos dos agricultores pela educação municipal.

A Lei determina que no mínimo 30% do valor repassado a estados, municípios e Distrito Federal pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) deve ser utilizado na compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações.

Nessa terça-feira (25), houve um evento que comemorou o
dia da agricultura familiar e da data da primeira feira de Piripiri, promovido pelo STR, através do secretario de políticas agrícolas e agrárias, Guilherme Dornel, no Centro de Formação Antônia Flor. Estiveram presentes assentados, produtores de sítios de produção individual, representantes do EMATER, Território dos Cocais, 3ª GRE, COOAFRUT, SDR e IFPI. A Secretaria Municipal de Educação foi convidada para o evento, porém não compareceu.

Atualmente, em Piripiri, somente as escolas do estado, por meio orientação da 3ª GRE, realiza a aquisição de alimentos da agricultura familiar, por meio do programa.



Segundo a agricultora Remédios Pereira, da COOAFRUT, a cooperativa vendeu de 2014 a 2016 para a educação do município. Com a suspensão, um ofício foi entregue ao secretário de educação, Domingos Gomes de Carvalho "Domingão". Pessoalmente, ele confirmou recebimento e disse que caberia aos diretores escolares a aquisição, mas não disse se repassou essa orientação a eles ou aos nutricionistas da SEDUC municipal, responsáveis pela elaboração do cardápio.



"A gente vendia melancia, abóbora, cheiro verde, milho verde, feijão verde, abóbora, macaxeira, e foi essa lista que colocamos no ofício, mas não tivemos retorno de compra", comentou dona Remédios, que acrescentou também que a cooperativa produz também poupa de frutas (acerola, goiaba, manga e caju).

De acordo com Eunice Barros, presidente do STR, a entidade estará agindo junto com a cooperativa para que o município retorne a aquisição dos alimentos. "Vamos articular para revolver isso. Já estamos com providências agendadas", disse.

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