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Impasse entre prefeitura e professores sobre reajuste salarial. Na câmara, vereadores se manifestam

´Já está com 90 dias de atraso o projeto`, ressalta a vereadora Beatrice Pimentel

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Na sessão da Câmara Municipal de Vereadores desta quinta-feira​ (11) vários temas foram levados na tribuna, entre eles o impasse entre prefeitura e professores sobre o reajuste do piso salarial dos professores, que normalmente acontece no início do ano e a categoria segue na expectativa.



O tema do reajuste foi levantado inicialmente na tribuna pela vereadora Beatrice Pimentel, que informou sobre uma assembleia realizada pelo SINTE com a categoria, onde debaterem com relação a informação que chegou sobre possibilidade de o executivo impor 6% (para 40 horas), 6% (para 25 horas) e 4% (para 20 horas). Beatrice informou ainda que esteve com o secretário da SEDUC, Domingos Carvalho, e levou o posicionamento do sindicato. Atualmente o projeto do executivo estabelece 5,5%, 5,5% e 3%.

"Estamos aqui para defender o melhor para a categoria. Já está com 90 dias de atraso o projeto. Agora, vocês da base (vereadores da base de LM), devem sensibilizar o prefeito", sugeriu a vereadora.

Beatrice Pimentel comentou ainda sobre a possibilidade da SEDUC enxugar a folha, disse que há casos de servidores aposentados que estão trabalhando como contratados, colégios com dois coordenadores, dois diretores e até quatro pessoas em uma sala de administrativo, o que considerou desnecessário esse tipo de aumento de contratados nas escolas do município.



Já o vereador Neném Calçados disse que a prefeitura está com discurso contraditório. "O prefeito, para dar aumento de mais de 133% para os seus comissionados, não deu explicações a nós, vereadores, mesmo quando solicitamos, e agora, para não dar o aumento merecido aos professores, ele faz reunião com a gente e diz que a situação da receita do município não é boa, que não dá. É uma contradição. Estou com os professores", comentou.



O vereador Genival Sales colocou em dúvida as declarações do prefeito e do secretário de educação de que a receita do município não possibilita condições de dar o aumento determinado pelo Governo Federal, de 7,64 %. "Está com mais de mês que solicitamos informações da receita da educação, para saber a real situação. Isso é estranho. Enquanto não mandarem, não fica esclarecido", disse.

Está agendada uma reunião entre SEDUC e vereadores para terça-feira (16), na Câmara Municipal.