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OPINIÃO: Piripiri tem que mudar...

(...)nós somos os patrões(...)

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O ano de 2011 foi o ano em que o mundo mais acessou a internet, e foi também o ano em que o mundo mais ficou em frente ao computador. Bem, qual o nexo que existe entre o título da matéria e o acesso a internet¿ TUDO, SIMPLESMENTE TUDO. Hoje em dia a maior ferramenta de divulgação tornou-se também a maior ferramenta de reivindicação. Muitos até dizem que as revoluções e os protestos deixaram de existir, que ninguém vai mais as ruas; ou então que nós brasileiros somos pseudo-revolucionários. Porém discordo completamente dessa afirmação. Assim como há 20 anos nós não tínhamos o hábito de ligar um computador e procurar notícias sobre o mundo, comida, moda, saúde, educação, fofoca... Nós não tínhamos também o hábito de pedir melhorias para o local onde moramos sem precisar sair de casa e atingir um número bem maior de pessoas.

Como assim? Ninguém reclamava, todos eram conformados com a realidade? Alguns até sim, outros não davam tanta importância, o restante até sabia o que estava acontecendo só que muito não podia ser feito. E ficava por isso mesmo. Só que hoje a internet mudou isso, a realidade é outra. A notícia que antes era dada no rádio hoje ganha formas, cores, movimentos. A escola pública que muito se falava que estava abandonada, hoje é mostrada escancaradamente nos sites, nas redes sociais, nos blogs e etc. Uma infindável lista de locais e sites que essa escola é veiculada mostrando que ali há um problema e que este problema precisa ser resolvido.

E eu como um pseudo-jornalista(não sou jornalista por que AINDA não tenho diploma) tenho observado essa mudança aqui em Piripiri. Nossos professores não ficam mais calados. Hoje a maior parte é concursada e agora eles EXIGEM seus direitos e não tem medo de dar a cara à tapa por seus ideais É só observar no facebook. Educadores Piripirienses . E nós – Quando digo NÓS estou apenas me referindo a população que não faz parte da esfera Legislativa e Executiva – cidadãos também não ficamos calados com a inobservância do poder público diante da realidade em que nossa cidade se encontra.

Hoje nós PEDIMOS... Calma! Pedimos? Perdão, nós somos os patrões não temos que pedir nada. Hoje nós EXIGIMOS que a escola que está abandonada seja reformada; nós EXIGIMOS que a rua que está esburacada, sem iluminação, seja ‘arrumada’; Hoje nós EXIGIMOS a revitalização da Praça do Reencontro; Hoje nós EXIGIMOS um trânsito seguro ;Hoje nós EXIGIMOS segurança de qualidade; Nós EXIGIMOS que aquela promessa feita na campanha seja cumprida; Nós EXIGIMOS isso tudo e diversas outras coisas não mencionadas, e as outras coisas que ainda virão para que possamos EXIGIR, por que nós temos esse Direito.A tecnologia evoluiu e o POVO também evoluiu. Hoje quem se cala é por que tem o rabo preso ou porque AINDA não foi lesado com o descaso do poder público.

Não sou filiado a nenhum partido político, não tenho nenhum vínculo político com ninguém e a título de informação NEM PRETENDO TER. Sou apenas um cidadão comum, que também EXIGE que seus direitos sejam cumpridos por aqueles que têm o DEVER e o PODER de FAZER. Então não estou aqui fazendo crítica ao político A nem ao político B nem C... Eu só quero O MELHOR pra minha cidade independentemente de quem esteja nos cargos – Lembrando mais uma vez – em que NÓS, O POVO, lhe designamos a cumprir com os deveres que eles exigem.

Ah, e antes que me esqueça vai aí uma dica aos senhores(a)(s) que ainda estão no Legislativo e no Executivo e àqueles que PRETENDEM ingressar. Lembrem-se que o POVO ganhou mil olhos, e lembrem-se que hoje o POVO não quer saber o que o seu “adversário” deixou de fazer; O povo quer saber o que VOCÊ FEZ ou então o que VOCÊ PRETENDE FAZER. E o que você “fez por nós” não é nada mais do que a sua própria obrigação, é só a “retribuição” do bom salário que nós pagamos a vocês.

Marcus Daniell Alves

“Mesmo calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta” -

Chico Buarque de Holanda