PUBLICIDADE
 
     

Sem previsão de aulas, pais tiram filho de Escola Pública e matriculam em particular, em Piripiri

´Agora, é trabalhar mais pra poder dar conta, mas o que não pode é meu filho ficar sem estudar`, relata a mãe

Imagem

Jaqueline da Silva e Francisco Magno são pais de Davi, de 7 anos. A criança, até há alguns dias, estava matriculada no 2º ano do Centro Educativo Municipal Maria de Lourdes, do bairro Vista Alegre. Por conta da falta de professores para Davi e mais 35 colegas dele, os pais tomaram a decisão de colocá-lo em uma escola particular.



"Esperamos resolver a situação e nada foi feito. Outras escolas também estão sem professores. Agora, é trabalhar mais pra poder dar conta, mas o que não pode é meu filho ficar sem estudar", relata Jaqueline.

Ainda segundo a mãe de Davi, com o esposo, ela foi até à escola, pegou a declaração e procurou uma escola particular com o melhor preço. "Mesmo assim a gente já tá gastando bastante", revela Jaqueline, que mostrou os livros e outros materiais escolares. Segundo ela, custaram cerca de R$ 1.150, 00. O casal tem uma pequena mercearia, em um anexo da casa onde moram.



A Prefeitura de Piripiri, através da Secretaria Municipal de Educação (SEDUC) iniciou oficialmente o ano letivo dia 20 de fevereiro. Em várias escolas do município, da zona rural e urbana, turmas de alunos ainda não tiveram aula.

Maria do Rosário Soares, mãe de Raissa, continua aguardando

Maria do Rosário Soares, é mãe de Raíssa, também de 7 anos, matriculada na mesma escola e turma que Davi estava, revela que, mesmo trabalhando mais, junto com o esposo, não consegue colocar a filha em uma escola particular e ainda aguarda que o problema da falta de professores seja resolvido.

"No primeiro dia que fui com ela (filha), disseram que não tinha professores e que não sabiam quando ia ter. Pegaram nosso telefone e pediram pra levar todo dia, pra saber se já tem professor e pegar de volta 9h. Eu tava levando todo dia, mas não tem aula. Enquanto tá estudando, tá aprendendo. E quando tá parado", explica Maria, afirmando que, em uma das vezes que levou a filha, uma funcionária disse estar abusada de tanto perguntarem de tem professor.