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Crianças continuam sem aulas por falta de professores. Sem previsão, mães desabafam

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Luziane Faustino é mãe de uma criança de 7 anos de idade. O garoto é um dos alunos da rede municipal de ensino que ainda estão sem aula. Várias mães usam as redes sociais para desabafar sobre a situação que ocorre no município de Piripiri e planejam pedir apoio ao Ministério Público.


Mães usam redes socais para desabafar

O filho de Luziane é matriculado no Centro Educativo Municipal Carolina Lira, no residencial Petecas. A Prefeitura de Piripiri, através da Secretaria Municipal de Educação (SEDUC), iniciou oficialmente o ano letivo 2017 em 20 de Fevereiro, porém centenas de alunos ainda não tiveram aula. A SEDUC, em nota divulgada nas redes sociais, alega que há falta de professores na rede municipal e só detectou o problema ao iniciar o ano letivo, apesar do recadastramento feito pela prefeitura e do planejamento da secretaria.

"Disseram que iam começar as aulas dia 20. Nesse dia, levei meu filho. Hoje (quinta, dia 2) já ia levar de novo, masas não deu nem tempo eu sair de casa e já fui informada que ainda não haveria aula, pois não tinha resolvido a questão dos professores", conta Luziane.

A mãe conta ainda que seu filho, sem entender o que está acontecendo, chega a chorar. "Ele fica aqui na expectativa de começar pra usar os materiais novos. Fica chorando e dizendo: 'será que eu não vou estudar nunca mais?'. E eu, como mãe, fico indignada, pois desde que ele começou a estudar a primeira vez, nunca houve este atraso", desabafa.

Na expectativa pelas aulas, a criança sugere uma maneira de resolver a situação. "Ele diz: 'mãe, por que você não vai lá dar aula pra minha sala?'. Eu respondo: 'meu filho, se não chamam nem os professores concursados, imagina eu, que só tenho o 2 ano", conta.

São várias as escolas que estão sofrendo com a falta de professores, da zona rural e urbana. A prefeitura havia anunciado que iria fazer um teste seletivo para contratação e suprir a demanda de alunos, porém o Ministério Público (MP) recomendou que não fizesse, pois tem 20 professores aprovados e 80 classificados no último concurso, no aguardo de serem chamados. Alguns desses professores procuraram o MP e pediram apoio, bem como também estiveram na Câmara e realizaram uma manifestação pacífica, com cartazes pedindo a convocação.