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Professores e técnicos do Campus de Piripiri da UESPI aderem à greve e buscam apoio dos alunos

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As discussões sobre os motivos que levaram a deflagração de greve por professores e técnicos da UESPI movimentaram o campus de Piripiri durante manhã, tarde e noite desta terça-feira (19). Na ocasião, professores, técnicos e estudantes foram apresentados as pautas que levaram a greve, dentre elas estão: revogação da Lei 6.772/2016; implantação imediata das promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho dos docentes; implantação imediata das promoções, progressões dos técnicos administrativos; plano de cargos e salários dos técnicos administrativos; campanha salarial 2016; autonomia financeira da UESPI; concurso para docentes e técnicos; pagamento imediato de todas as bolsas dos estudantes da UESPI.


Prof. Castelo, Prof. Dr. Agmael Mendonça, Prof. Dr. Mike Melo, Prof. e Dr. Antônio de Macedo.

Algumas reivindicações feitas por professores e técnicos estão ligadas tão somente ao cumprimento de direitos básicos das categorias. “O professor da UESPI pode mudar de nível dentro de cinco classes existentes. As classes são ocupadas por professores com diferentes níveis de qualificação. Atualmente um professor que consegue terminar seu doutorado não tem a mudança de classe feita pelo estado, que acaba não remunerando corretamente o servidor”, fala o Prof. Dr. Mike Melo, diretor do campus. O mesmo ainda lembra que existem casos no campus de Piripiri em que professores mudaram de nível devido ao tempo de trabalho e não obtiveram essa alteração nos contracheques.


Estudante Natanaela Denise sinaliza apoio ao movimento e busca apoio dos colegas

A greve proposta pelos professores e técnicos pode tomar rumos não convencionais. A ideia difundida dentro do campus é de que ocorra a participação de estudantes e sociedade de forma geral em algumas atividades desenvolvidas. Tais atividades integrariam as classes e trariam mais força ao movimento. “Seria importante ver os estudantes engajados pela luta de uma UESPI melhor e com perspectiva de futuro, a Lei 6.772/2016 acaba com a carreira do professor e técnico”, relata o Prof. Dr. Agmael Mendonça.

Serão desenvolvidas atividades como: mesas redondas; divulgação de experimentos de baixo custo sobre física, peças teatrais e salas com filmes educacionais.



Os técnicos conta que vivem situação delicada dentro da instituição. Segundo eles, os baixos salários e o precário plano de carreira faz com que muitos migrem para outros empregos. Hoje, o campus de Piripiri conta com nove técnicos e oito estudantes bolsistas, estes são responsáveis por processos da administração local, secretariado acadêmico, gestão de pessoas, biblioteca e tantas outras demandas.

A Direção do campus de Piripiri segue em total apoio aos professores e técnicos. Em sua fala, o Prof. Dr. Mike Melo enfatiza a necessidade de participação de todos para que os objetivos sejam alcançados. “Não teremos uma universidade forte enquanto não nos responsabilizarmos por ela, não devemos esperar que os governantes nos deem ensino de alto nível, devemos impor o nível de ensino que desejamos ter”, diz.

O diretor afirma ainda que a universidade está de portas abertas para qualquer tipo de diálogo, com quaisquer dos poderes, do estado ou município, com classe estudantil e quaisquer outras que tenham sido lesadas pela Lei 6.772/2016.