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'Se aproxima um momento de alívio', diz Marden com a possibilidade de Dilma cair e PMDB assumir

O pai do deputado é pré-candidato, pelo PMDB, a prefeitura de Piripiri, tentando seu quinto mandato

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O presidente estadual do PSDB e deputado estadual Marden Menezes concedeu entrevista ao programa Notícias da Manhã, na TV Cidade Verdade, nesta sexta-feira (15). Na pauta, o atual cenário político nacional.

Na entrevista, deputado disparou contra o governo do PT, reafirmando seu posicionamento a favor do impeachment de Dilma Rousseff. "Se aproxima um momento de alívio", disse Marden, que, apesar de ser do PSDB, seu pai, Luiz Menezes, é pré-candidato a prefeitura de Piripiri pelo PMDB, tentando seu quinto mandato.

Marden justificou sua opinião baseando na operação "Lava Jato", porém foi lembrado e pela apresentadora Nadja Rodrigues que a presidente corre o risco de perder o mandato por acusação de pedaladas fiscais e não pela operação. Marden redirecionou então seu discurso. "As pedaladas fiscais na verdade são um arranjo, de forma proposital, onde o governo deixa de repassar recurso da dívida pública para, com isso camuflarem a situação econômica do país e destinaram para áreas que, vamos dizer assim, seriam mais interessantes no período eleitoral", disse.

Se a Câmara aprovar o impeachment, Dilma é afastada?

Não. Se o pedido for aprovado por dois terços dos deputados, o processo seguirá para o Senado dias após a votação (possivelmente, entre 18 e 19 de abril) e uma comissão será formada para avaliá-lo. Só o Senado pode processar e julgar um presidente da República.

É preciso avaliar de novo?

Sim. O trabalho no Senado é diferente do que já foi feito, uma vez que a comissão da Câmara só avalia a admissibilidade, ou seja, se o processo tem condições ou não de seguir. A comissão do Senado deve se reunir entre os dias 21 de abril e 02 de maio. O parecer final é encaminhado ao plenário para uma nova votação. O processo só deve continuar se 41 dos 81 senadores (maioria simples) concordarem com ele.

E se o Senado aceitar o pedido?

A presidente é afastada por um período de 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assume o cargo. Dilma recebe um prazo de 20 dias para apresentar nova defesa.

Dilma deve deixar o Palácio do Planalto?

Não. Como explica Flávio de Leão Bastos Pereira, professor de Direito Constitucional do Mackenzie, a presidente não é obrigada a deixar a residência oficial durante o período que não exerce a presidência. Durante o afastamento, no entanto, ela recebe apenas metade de seu salário (que atualmente é de R$ 30.934,00).

E por quanto tempo o Senado pode julgar a presidente?

Os senadores dispõem de 180 dias para julgar se Dilma é responsável pelos crimes de responsabilidade apontados no processo. Se eles decidirem usar todo o tempo, o processo termina em outubro deste ano.

Como funciona a votação final?

A sessão é presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal. O impeachment é aprovado se dois terços dos senadores (54 dos 81) votarem a favor. Se Dilma for condenada, perde o mandato e se torna inelegível por oito anos. Se for absolvida, volta automaticamente ao cargo e recebe o valor que deixou de receber enquanto estava afastada

Com informações do cidade verde e Paraiba Total