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EXCLUSIVO: Casos de 'Revanchismo Pornográfico' são investigados em Piripiri

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O site Piripiri Repórter teve acesso, com exclusividade, a informação de que o Núcleo de Feminicídio do Piauí, que investiga casos de "Revanchismo Pornográfico", ou seja, pessoas que, como especie de vingança, divulga imagens íntimas de ex-companheiras (os). A delegada titular do Núcleo, Anamelka Cadena, esteve em Piripiri e nos concedeu entrevista.

Com o compartilhamento rápido de informações, fotos e vídeos pelas redes sociais, principalmente pelo WhatsApp, para viralizar um conteúdo só depende do interesse e curiosidade de cada usuário. Quando se trata de imagens íntimas (nu ou até mesmo matendo relações sexuais) de alguém da própria cidade, a curiosidade é maior. Esse fator provoca a propagação. Todo mundo quer ver e, depois disso, ainda repassar para quem não viu, um amigo, que tem amigos, que participa de vários grupos de WhatsApp e, assim, compromete a reputação, gera opiniões, piadas, julgamentos, estigma sobre aquela pessoa. Há casos de vítimas que já até cometeram suicídio por não suportar a repercussão.

Há casos de imagens íntimas que foram compartilhadas pelas (os) próprias (os) protagonistas (os) da cena, muitas vezes para alguém considerado de confiança, mas acaba vazando. Já os casos em que o compartilhador, por maldade e vingança, repassa com a finalidade para tentar desmoralizar a pessoa que aparece imagem, na maioria em condição de ex-namorado (a), são consideradas "Revanchismo Pornográfico". Em Piripiri, casos são investigados pela delegacia. Algumas pessoas já foram ouvidas sobre os casos. De acordo com a delegada, quem compartilhou teve a sua contribuição e, portando, se identificado, responderá por isso.

A delegada Anamelka observa que não existe uma Lei específica para o tipo do caso citado, mas que a Lei que trata da violência doméstica detalha que o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação, ou seja, morado junto ou não.

"Estamos com dois casos, mas não posso dar muitos detalhes sobre os casos. Já ouvimos algumas pessoas e, aqui em Piripiri, poderemos ter decisões inéditas no judiciário", explicou.